A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), tem desempenhado um papel importante no fortalecimento das políticas de gênero no Amazonas, especialmente por meio do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamim+). Entre as iniciativas destacam-se ações de capacitação e empreendedorismo feminino, direcionadas às beneficiárias do programa.
Em parceria com entidades e instituições, como o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e o Consulado da Mulher, a UGPE oferece cursos de capacitação profissional, visando incentivar o empreendedorismo e gerar novas oportunidades no mercado de trabalho para as mulheres. Um exemplo é o curso "Empreender Mulher" realizado recentemente no Escritório de Apoio Local (ELO) Mestre Chico, zona sul, área do Prosamin, com a participação de 35 alunas.
"Sob a orientação do governador Wilson Lima, temos buscado parcerias que fortaleçam o empreendedorismo feminino, promovendo autonomia e melhoria na qualidade de vida das beneficiárias do programa. Estamos comprometidos em oferecer a elas não apenas infraestrutura e habitação digna, mas também oportunidades reais de crescimento econômico e social", enfatiza o titular da Sedurb, Marcellus Campêlo.
O secretário chama atenção para o fato de que a maioria das famílias beneficiadas pelas soluções de moradia do Prosamin+, tem mulheres como provedoras dos lares, o que reforça a necessidade de oferecer capacitação e apoio a seus empreendimentos.
Mudanças
“Meu salão era dentro do igarapé, numa ponte conhecida como Caloi. Lá, eu atendia as minhas clientes, que iam por causa do meu serviço. Mas, quando chovia, ficava com medo, porque elas tinham que sair e tudo ficava alagado. Com o Prosamin+ as coisas mudaram. Agora, atendo as minhas clientes com tranquilidade. Elas podem até estacionar em frente ao salão”, conta a cabeleireira Mariete Oliveira, a ‘Marie’, moradora da Comunidade da Sharp.
Há 2 anos atendendo em um lugar mais seguro e sem a preocupação com a chuva, Marie conta que houve um aumento em 40% no fluxo de atendimento do salão. Para ela, as ações de apoio ao empreendedorismo feminino viabilizadas pela UGPE, com instituições parceiras, são fundamentais para quem empreende.
“Eu achava que sabia realizar fluxo de caixa, mas hoje vejo que eu fazia tudo errado. Por meio da parceria da UGPE com o Consulado da Mulher, eu e outras empreendedoras estamos aprendendo a como melhor gerir melhor os nossos negócios. Eu só tenho a agradecer”, ressalta.
Feiras
A UGPE também busca espaços para as mulheres empreendedoras apresentarem e comercializarem os seus produtos e serviços. Ao longo deste ano, serão realizadas oito edições do Bazar das Empreendedoras do Prosamin+, com brechó, artesanato, papelaria, entre outros produtos. O evento ocorrerá juntamente com a Feira da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).
Outras parcerias estão sendo fechadas para fortalecer o trabalho desenvolvido junto às empreendedoras, dentre elas, com a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), shopping Via Norte e Central Única das Favelas (Cufa).
Enfrentamento à violência
A UGPE, por meio do Prosamin+, também está investindo R$ 2,4 milhões em ações de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. O investimento é destinado à aquisição de equipamentos e insumos, para fortalecer os serviços oferecidos pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e ampliar as ações.
Entre as ações previstas no projeto também está a criação de Observatório de Gênero Estadual, instrumento que vai mapear e diagnosticar a violência contra as mulheres e o desenvolvimento socioeconômico desse público. Serão realizadas ações itinerantes com foco em prevenção e em qualificação profissional, explica o secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo.
As políticas de gênero e diversidade que vêm sendo desenvolvidas pela UGPE, no âmbito do Prosamin+, fazem parte das salvaguardas socioambientais dos projetos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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FOTO: Tiago Corrêa/UGPE
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