PARINTINS: A sacerdotisa de Umbanda e historiadora, Mãe Néia, foi a primeira colocada no edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) para Mestres, Mestras e Fazedores de Culturas Populares e Tradicionais de Parintins (distante a 369 quilômetros de Manaus).
O PNAB foi realizado pela Prefeitura de Parintins, por meio da Secretaria Municipal de Cultura do município.
De acordo com Mãe Néia, que é gestora e zeladora do Terreiro e Centro Cultural Ogum Beira-Mar e Cabocla Mariana, o reconhecimento é um mérito não só para ela, mas também para o povo de santo, principalmente para aqueles que lutam incansavelmente pelo reconhecimento dentro e fora da religião.
“Nossas ações sociais nascem da necessidade percebida em nossa comunidade em que atuamos como Terreiro de Umbanda. Este prêmio é de suma importância para nossos objetivos conjuntos, o crescimento do nosso Centro Cultural”, avaliou.
A Mestra de Cultura Popular agradeceu o empenho de toda equipe técnica dos projetos, citando Irian Butel, que liderou a equipe, assim como todos seus filhos de santo que ajudam na realização dos projetos.
“Todos são responsáveis pelo incansável papel de fazer acontecer o sonho de uma cabocla, Dona Mariana. Quero parabenizar também aos Mestres e Mestras de Cultura que alcançaram a premiação e dizer a cada um que a cultura alinhada à educação e ações sociais pode mudar uma sociedade e construir novos sujeitos sociais dedicados com um futuro melhor da sociedade”, confirmou.
A premiação de Mestres, Mestras e Fazedores de Culturas Populares e Tradicionais foi direcionada às pessoas, que tenham prestado relevante contribuição ao desenvolvimento artístico ou cultural de Parintins.
Histórico sobre Mãe Néia
Maria Linéia Freire é artesã autodidata, com registro no Programa do Artesanato Brasileiro, atuando na técnica em tear; confecção de fuxico; fabricação de bijuterias e em decoração de eventos. Conhecida como Mãe Néia de Cabocla Mariana, possui um legado social gigantesco, que nasceu em uma pequena Seara, no bairro de Dejard Vieira em Parintins, no começo da década de 90.
Atualmente é sacerdotisa de Umbanda Federada junto a Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros do Estado do Amazonas (FUCABEAM). Historiadora de formação, professora de profissão, produtora cultural e presidente do Centro Cultural Ogum Beira-Mar e Cabocla Mariana, instituição filantrópica sem fins lucrativos, que desenvolve importantes projetos voltados a pessoas em vulnerabilidade social há mais de 15 anos, nas áreas do Bairro da União, Loteamento Teixeirão e Ocupação do Castanhal.
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