Inventário florestal revela diversidade de espécies arbóreas na área do Prosai Parintins


Inventário florestal realizado na área onde ocorrerão as obras do Programa de Saneamento Integrado (Prosai) de Parintins (a369 quilômetros de Manaus), revelou uma rica diversidade de espécies arbóreas. O trabalho faz parte do programa, que é executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).

De acordo com o subcoordenador de Projetos Ambientais da UGPE, Otacílio Cardoso Júnior, o levantamento florestal foi realizado no período de 11 a 15 de janeiro de 2025. “As atividades objetivam o levantamento das características da flora local, para conhecimento de sua tipologia e comportamento, visando ao processo de licenciamento ambiental específico para as atividades de supressão vegetal, bem como a obtenção de autorização para captura e transporte de animais silvestres, uma vez que as obras já se encontram licenciadas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam)”, detalhou.

A pesquisa identificou um total de 186 árvores, incluindo 53 exemplares de andirobeiras (Carapa guianensis), espécie de destaque na região. O levantamento também incluiu uma variedade de outras espécies como acácia, abacate, açaí, apuí, bacaba, brasileirinha, cajá-manga, caju, chuva de ouro, coco, cupuaçu, fícus, goiaba, embaúba, ingá, ingá-miri, ipê rosa, jambo vermelho, manga, murici, oiti, palmeira elegante, peito de pombo, pitomba e tipuana.

As andirobeiras, que somam mais de um quarto do total das árvores catalogadas, estão localizadas no Centro de Distribuição de Água (CRD2). Estas contornam todo o limite do terreno e contribuem significativamente para o embelezamento e sustentabilidade da área. 

As andirobeiras são protegidas por lei, reforçando a importância de sua preservação. “A presença dessas árvores reforça a necessidade de atenção às normas de conservação durante a execução de projetos, garantindo a preservação dessas espécies e o cumprimento das legislações ambientais vigentes”, enfatiza. 

Otacílio Cardoso afirma que o estudo é importante para compreender melhor a composição da vegetação local, promovendo a preservação das espécies nativas e a implementação de políticas de manejo ambiental que beneficiem a comunidade e o ecossistema. “Além das andirobas, o inventário reflete os interesses da população em plantas frutíferas, destacando a preferência por espécies que oferecem frutos, embora essas não sejam destinadas à comercialização”, avalia.

A riqueza das espécies encontradas reflete a biodiversidade da região e a importância de programas como o Prosai Parintins na conservação do meio ambiente, diz ele. O subcoordenador ressalta que, no próximo trabalho, o inventário será com as obras de urbanismo que contemplam a construção de habitacionais, vias, parques, praças, feiras, canais de macrodrenagem e recuperação de corpos d´água.

O Prosai Parintins prevê ações de reflorestamento em uma área de 63.180,04 m², com um número previsto inicialmente de cerca de 15.795 mudas, dentre elas, mungubeiras, seringueiras, buritis, sumaúmas, jaris, lombrigueiras, açaizeiros e ipês. O programa estadual pretende reflorestar as quadras onde ficarão os conjuntos habitacionais, canais de macrodrenagem, bem como a implantação de cortina verde na área de borda da Lagoa da Francesa.

“Nos projetos desenvolvidos pela UGPE, adota-se todas as tentativas de salvamento das espécies, a salvaguarda das unidades arbóreas. Caso contrário, adota-se ações de reposição das espécies. Um exemplo são as ações de reflorestamento nos projetos”, completou Otacílio Cardoso Júnior.

FOTO: Tiago Corrêa/UGPE

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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