Em Parintins, jovem que matou padrasto é morto em retaliação após assassinar irmão no Natal

Texto e foto: João Carlos Moraes - Site Mídia Cabocla


A Vila Amazônia, zona rural de Parintins, foi palco de uma tragédia na madrugada de Natal, 25 de dezembro. O jovem Juliano Muniz Monteiro, 24 anos, assassinou seu irmão José Claudinei Muniz Pinheiro, conhecido como “Negão”, 33 anos, a golpe de terçado.  

De acordo com relatos de Tiago Pereira, primo dos envolvidos, Juliano e Claudinei se desentenderam após consumirem bebidas alcoólicas.

“A informação que recebi é que houve uma discussão entre eles. O Negão agrediu o Juliano e, como estava sob o efeito de álcool e debilitado, Juliano aproveitou a situação e o matou movido pela raiva. É algo horrível, uma tragédia que poderia ter sido evitada. Além disso, Juliano não estava preso; ele estava em liberdade. Infelizmente, isso acabou acontecendo, e meu primo perdeu a vida de forma tão trágica”, afirmou.

Após o fratricídio, Juliano foi encontrado morto também com golpes de terçado, semelhantes às que causaram a morte de seu irmão. O corpo foi localizado na mesma casa onde, no dia 7 de dezembro, ele havia assassinado seu padrasto, José de Souza Correa, de 71 anos, fundador do PT em Parintins. A principal suspeita é que Juliano tenha sido morto em retaliação pelo assassinato do irmão. 

Tiago Pereira expressou a dor da família diante da tragédia. “É muito triste para a nossa família receber essa notícia tão dolorosa. Foi algo que poderia ter sido evitado. Essa tragédia transformou o nosso Natal em um dia terrível e devastador para todos nós”, lamentou.

Os corpos de Juliano e José Claudinei chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Parintins para o exame de perícia por volta das 13h. 

Até o fechamento desta matéria, as autoridades policiais não se manifestaram sobre a autoria do assassinato de Juliano.

Juliano Muniz já era conhecido por um crime anterior. No início de dezembro, ele matou o padrasto José Corrêa, de 71 anos, com golpes de machado, alegando ter sido abusado por ele na infância. 

Mesmo após a confissão, Juliano foi solto por falta de audiência de custódia e passou apenas alguns dias em detenção. Essa decisão gerou revolta na comunidade e entre familiares de José Corrêa, que criticaram a negligência do sistema judicial.

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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