A ressocialização do adolescente ocorre não apenas dentro do sistema socioeducativo, mas também no dia a dia da sociedade, por isso a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) realizou, nesta terça-feira (12/11), a 4ª edição do “Encontro de Adolescentes Egressos do Sistema Socioeducativo do Amazonas”, que abordou, entre outros temas, o mercado de trabalho.
Coordenada pela Secretaria Executiva de Direitos da Criança e Adolescente (Sedca), a ação ofertou serviços de embelezamento e corte de cabelo, elaboração de currículo para emprego, entrega de cestas de alimento para cerca de 20 egressos, de acordo com decisão judicial, além da palestra educativa sobre a campanha Novembro Azul - de prevenção ao câncer de próstata.
A atividade integra o programa #Conectados, que oportuniza, em parceria com instituições públicas e privadas, a inserção dos adolescentes no ensino superior e no mercado de trabalho.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do programa, Jaqueline Jeffres, o evento ocorre de forma trimestral, aceitando a participação de voluntários que também tenham passado pelo Sistema e abordando temas de prevenção e voltados ao mercado de trabalho.
“O evento é importante para a continuidade da ressocialização deles. As reuniões costumam ocorrer a cada três meses e já abordamos vários temas como o mercado de trabalho e agora Novembro Azul. O público muda conforme as determinações judiciais, sendo realizado tanto na capital quanto no interior”, explicou Jaqueline.
Experiência
Participando do encontro pela primeira vez, o egresso Ângelo Azevedo, de 21 anos, aproveitou para falar sobre sua vida após cumprir medida socioeducativa e como a ação é importante para que os jovens aprendam sobre autocuidado e saúde.
“Me sinto honrado por ser convidado para este local, com pessoas que me ajudaram e me deram forças, estenderam a mão desde que saí do sistema socioeducativo. É prazeroso estar aqui e fazer parte de tudo, participar desta palestra”, comentou Ângelo.
O jovem agora integra o quadro de funcionários de uma empresa do Distrito Industrial. Ele recorda que na adolescência não tinha muitos sonhos para a vida adulta, como seguir profissão ou ter uma carreira, mas que após cumprir medida no sistema socioeducativo, ele percebeu que podia ter um futuro diferente.
“Antes eu era um jovem sem perspectiva nenhuma, não tinha pensamentos sobre o futuro, mas quando eu entrei no sistema, passei pelo Dase e pelo #Conectados, fizeram comigo um planejamento de vida, sobre o meu futuro. Agora sou trabalhador, tenho minhas conquistas”, comemorou o egresso.
FOTO: Ygson França/Sejusc
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