Música e teatro traduzidos em homenagem ao amazonense Claudio Santoro no Teatro Amazonas


Inspirada na vida e trajetória do compositor, regente e violinista Claudio Santoro, o espetáculo De Menino a Maestro homenageia o amazonense conhecido mundialmente pelo seu talento musical. O público prestigiou a noite de estreia, neste sábado (19/10), lotando o Teatro Amazonas. Neste domingo (20/10), o teatro recebe outras duas récitas, 18h e 20h. A entrada é gratuita e o acesso é por ordem de chegada. 

O espetáculo é o resultado de muitas mãos, interpretado e produzido por alunos e técnicos do Liceu de Arte e Ofício Claudio, escola de artes do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Fazem parte do elenco, alunos com idade entre 11 e 18 anos, de diferentes núcleos artísticos: orquestra jovem, coral infantil e infantojuvenil, do núcleo de artes visuais, danças urbanas infantil e do laboratório de encenação. 

Segundo o diretor geral e regente, Davi Nunes, a produção do musical iniciou em março, sendo minuciosamente pensando em projetar para o palco a história de Claudio Santoro, reverenciando o artista que dá nome a escola e o seu legado expoente na música nacional. “Foi muito bom produzir dentro do Liceu um espetáculo com o enredo e composições nossas, e também do Cláudio Santoro, além do texto inédito, a participação dos nossos alunos, isso representa um momento muito importante, onde eu me sinto realizado, não somente como pessoa, mas como amante da arte”, revela Davi Nunes.

Emoção também para Artur Ribeiro e Davi Monteiro, que interpretam Claudio Santoro na infância e maioridade, respectivamente. Ambos pertencem ao coral do Liceu e compartilham da primeira experiência como protagonistas de um musical no Teatro Amazonas. Para Artur, 13, a responsabilidade do protagonismo veio acompanhado de muito estudo sobre a vida do maestro amazonense, encontrando algumas semelhanças, no que diz respeito à aptidão pela música. 

“Nas biografias diz que na infância ele gostava muito de contar piadas e que era muito inteligente devido também à diversidade cultural na família. O pai dele era italiano, a mãe era francesa e isso criou uma diversidade cultural para ele”, revela o jovem. “Eu gosto bastante de tocar piano, é uma coisa que eu provavelmente mais faço durante o dia, quando posso. Eu também sei tocar flauta doce e estou aprendendo a tocar violão”, complementa Arthur, entusiasmado com as descobertas artísticas nutridas nas aulas do Liceu. 

Em outro momento, Davi Ribeiro, 16, interpreta Claudio Santoro. Assim como o maestro, ele carrega o sonho de seguir carreira artística e considera o protagonismo uma primeira oportunidade. “Eu estou triunfando com tudo isso. É um momento que as portas se abriram, do ano passado para cá, e eu pude realizar o sonho de quando era pequeno de influenciar as pessoas a entrarem no teatro e ser uma estrela. Sempre fui muito apaixonado pelo teatro e o Liceu vem me ajudando muito nesse caminho”, disse Davi. 

Produção artística

O espetáculo tem como fio condutor a vida de Claudio Santoro, iniciando aos 11 anos, quando já demonstrava traços artísticos bem marcantes, a paixão pelo violino e o sonho de ser maestro. A dramaturga Emille Nóbrega trabalha com o personagem até a maioridade, quando é contemplado com uma bolsa de estudos para o Conservatório de Música do Rio de Janeiro, assumindo a cadeira de professor de violino. Reconhecido mundialmente, merecedor de várias premiações, o amazonense é dono de um legado que perpassa gerações.

Cenário e figurinos coloridos também foram objetos de estudo para a diretora artística, Juliana Marcarin, que encontrou inspiração nas cores de Bauhaus - as cores primárias - depois inseriu a alegria das formas, fazendo referência às telas pintadas por Claudio Santoro. No entanto, para a diretora, gerar identidade com o público é a verdadeira a essência do espetáculo. 

“A gente fez esse recorte da infância de Santoro, imaginando como seria essa infância de Manaus, até ele conquistar o  sonho de ser maestro e isso nos aproximou do que a gente faz no Liceu, porque queremos que todas as crianças de Manaus saibam que dá pra chegar longe, que nós somos um caminho possível”, finaliza Mascarin.

FOTO: Secretaria de Cultura e Economia Criativa/David Martins

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