Letramento racial: Sejusc fortalece diálogo com estudantes sobre cotas em universidades para negros, indígenas e quilombolas


O conhecimento sobre seus direitos ajuda o cidadão a conquistar sonhos. E foi a informação que impulsionou a universitária Yasmin Gomes, de 19 anos, a ingressar na faculdade de psicologia, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Aprovada pelas cotas, ela agora trabalha para repassar esse direito para demais estudantes, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).

Estagiária da Gerência de Promoção da Igualdade Racial e Respeito à Diversidade Religiosa (Gepir), da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), Yasmin participa de palestras sobre letramento racial e divulgação de cotas raciais e de renda em escolas da rede pública do Amazonas. 

Expondo sua experiência e reforçando o direito nacional, a jovem, natural de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), explica que sempre teve o sonho de chegar ao ensino superior e que, por meio das cotas, teve a oportunidade de iniciar sua carreira na psicologia. 

“No vestibular eu passei pelo Sisu. E quando eu vi o resultado de três anos de estudo e de luta com os meus pais foi maravilhoso, isso me marcou muito. Aquele momento que eu abracei eles e disse ‘eu consegui’, isso está no meu coração”, falou emocionada. 

Yasmin ainda reforçou que as cotas são um meio de inclusão social, de auxiliar pessoas em vulnerabilidade social a ter oportunidade de mudar de vida por meio da educação. Agora, ela pretende, por meio do estágio, informar cada vez mais pessoas. 

“Estou podendo devolver para estudantes, para outras pessoas também, um pouco do que a educação fez por mim. Então, quando eu e a minha gerente vamos a uma escola falar sobre as cotas raciais, eu sinto que estou retribuindo e podendo ajudar, nem que seja minimamente, aquele estudante. A educação transforma e é muito importante para a ascensão social, principalmente de pessoas negras, indígenas e quilombolas”, pontuou a universitária.

Políticas públicas

As ações educativas e de conscientização sobre direitos humanos fazem parte do cronograma da Sejusc durante todo o ano, e, neste segundo semestre, foram intensificadas as ações em decorrência dos exames vestibulares ao fim do ano. 

Em parceria com as escolas públicas, a Gepir vem realizando palestras sobre letramento racial e as cotas raciais e de renda para estudantes do Ensino Médio de Manaus. De acordo com a gerente da Gepir, Camila Reis, as atividades visam auxiliar os alunos na aplicação do uso de cotas e acesso aos seus direitos. 

“Apesar de já ocorrer as políticas públicas nas universidades federais e estaduais, percebemos que falta um pouco da informação de como elas se aplicam e como os alunos podem ter acesso a elas. Nós fizemos um calendário para divulgar como funciona, além de nos colocar à disposição para colaborar com as escolas e seus gestores para que sejam pontos focais de disseminação desse direito”, finalizou Camila. 

FOTO: Ygson França/Sejusc

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