Brincar ainda é uma atividade prazerosa para as crianças, que não resistem às atividades recreativas e esportivas, ferramentas consideradas importantes para ajudar os pequenos a se afastarem da tecnologia. Neste contexto, o Governo do Amazonas, por meio dos Centros Estaduais de Convivência da Família (CECF) e do Idoso, desempenha um papel fundamental e de extrema importância para a preservação da infância.
Funcionando em várias zonas da cidade, os CECFs, que são administrados pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), realizam oficinas, dinâmicas de grupos e o resgate de brincadeiras populares para que as crianças retomem o hábito de brincar e interagir umas com as outras. Nesta semana, estes espaços públicos promoveram várias atividades como parte da programação do Dia das Crianças, celebrado neste sábado (12/10).
A pedagoga Ihanes Rocha, técnica do Centro Estadual de Convivência da Família e Idoso Magdalena Arce Daou, situado no Santo Antônio, zona oeste de Manaus, realiza um trabalho com as crianças que participam do Grupo de Convivência “Estrelas”, formado por meninos e meninas, na faixa etária de 6 a 15 anos, que residem na comunidade.
Segundo ela, todas as atividades do centro, voltadas para as crianças e adolescentes, são dinâmicas, buscando trabalhar o coletivo e as brincadeiras tradicionais. “Eles fazem dinâmica de grupo, ginástica laboral; atividades esportivas como futsal, além de queimadas, barra bandeira e uma infinidades de brincadeiras visando tirá-los do celular e da TV, que em excesso são prejudiciais”, adverte a pedagoga, lembrando que “brincadeiras ajudam a desenvolver habilidades motoras das crianças”.
Há mais de um ano participando do Grupo de Convivência “Estrelas”, Alex Moraes de Souza, 10, é um dos mais assíduos do grupo, que funciona às segundas e quartas-feiras. “Gosto muito de participar das atividades do grupo, onde faço futsal e ainda brinco de queimada, barra bandeira e outras brincadeiras”, declara Alex.
Com o sonho de ser jogador de futebol, o pequeno Alex Moraes disse que está aproveitando as partidas de futsal para se aperfeiçoar e desenvolver a prática desportiva. “Além de ter conquistado muitos colegas, quando estou aqui nem lembro de mexer no celular e nem assistir TV”, garante.
Projeto Mais Vida
O Projeto Mais Vida, criado pelo Governo do Amazonas para fortalecer o trabalho desenvolvido pela Seas nos CECFs e Ceci, trabalha atividades físicas, esportivas, de lazer, propiciando brincadeiras lúdicas com as crianças. O objetivo do projeto é melhorar a qualidade de vida da comunidade como um todo, principalmente das crianças, propiciando bem-estar e lazer.
O professor de educação física que atua nos centros de convivência, Márcio Oliveira, afirma que trabalha o futsal, desenvolvendo a parte de fundamento, passes, dribles e domínio. Além de oferecer ensinamentos sobre a habilidade esportiva, o professor leva as crianças a interagir umas com outras, com a finalidade de agregar.
“A gente não visa somente o esporte, em si, para torná-los competitivos, mas fazer com que eles se sintam à vontade, dispostos a praticar o esporte de maneira adequada e segura”, informa Oliveira, destacando que os encontros acontecem duas vezes na semana, às segunda e quarta, das 9h às 10h. “Cobramos a hora de chegar e de sair e ainda exigimos que apresentem o boletim escolar, porque entendemos que um craque não é feito somente na bola, mas também na escola”, sintetiza o professor.
Cristiano Sebastião de Souza, 40, é o pai da Laisa Catarina Alves de Souza, 11, única menina do grupo de futsal, com bom desempenho nas atividades esportivas. “Há três anos ela participa das atividades no Magdalena, pela parte da manhã. Estuda no CPMM à tarde, tendo bons resultados em ambos, o que é gratificante”, garante o pai, ressaltando que “até o celular ela tem deixando de lado”.
Socialização diária
A psicóloga Naiane Lemos, funcionária do Centro Estadual de Convivência da Família André Araújo, no Japiim, zona centro-sul, destaca que as atividades realizadas nos espaços têm o objetivo de afastar as crianças das ruas e estimular a convivência, além do desenvolvimento dessas crianças enquanto cidadãos.
“O Centro de Convivência é importante para tirar as crianças das ruas e ajudá-las a focar em atividades físicas, em atividades que contribuem para o seu desenvolvimento enquanto pessoas, enquanto cidadãos da sociedade”, explica a psicóloga.
Yuri Pereira, 11 anos, participa duas vezes na semana da programação do CECF André Araújo. “Eu gosto de jogar futebol e participo da salinha onde tem várias atividades. Gosto porque me ajudam na escola e me deixam mais focado. No Centro de Convivência eu aprendo assuntos que não ensinam na minha escola”, sintetiza.
FOTO: Jimmy Christian/Seas
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