Prosai Parintins resgata profissionais que estavam sem emprego por falta de oportunidade no mercado


Gerar emprego e renda para os parintinenses é uma das metas estabelecidas pelo Governo do Amazonas com as obras do Programa de Saneamento Integrado (Prosai), no município (a 369 quilômetros de Manaus). Nessa etapa de construção dos sistemas de água e esgoto do programa, já foram contratados, de forma direta, 75 trabalhadores e, no total, serão cerca de 300. A previsão é que o programa contribua para gerar, em cinco anos, 12 mil empregos diretos e indiretos, considerando a cadeia de produção da construção civil.

A missão do grupo que já está no batente é nobre: começar a transformação da cidade, que passará a receber água tratada, eliminando de vez o problema de contaminação dos poços que abastecem, hoje, a população. As obras do Prosai Parintins são realizadas pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas.

Um dos trabalhadores contratados para as obras é Sandro da Silva, 27 anos, que está atuando na função de ajudante geral. Antes, ele trabalhava como pintor avulso. Hoje, se orgulha em ter a oportunidade de um emprego fixo, no Prosai Parintins. “Depois do Festival de Parintins, fiquei desempregado e, graças a Deus, veio o Prosai. É uma oportunidade em que estou aprendendo bastante. Antes, eu não tinha como oferecer boas condições à minha esposa e minha filha, agora, essa realidade melhorou, graças ao Prosai”, relata.

Quem também está trabalhando na obra como ajudante geral é Lucas dos Santos, 23 anos, morador do bairro de Santa Clara, uma das áreas que receberá melhoria urbanística do programa, com a construção de conjunto habitacional. Ele afirma que o Prosai chegou em bom momento, pois estava há mais de um ano sem trabalhar. “Tive a felicidade de ser contemplado com uma vaga. Todos os dias agradeço pela oportunidade e por ter uma boa renda para ajudar minha família, além de estar num projeto que vai melhorar a água de Parintins”, comemora.

Após oito anos de obter graduação na área de Gestão Ambiental, a parintinense Tattiany Kellen Ferreira de Souza, 31 anos, ganhou a oportunidade, agora, de colocar em prática o conhecimento que adquiriu na graduação, especialização e mestrado. Ela ocupa um papel importante no acompanhamento das licenças, das condicionantes e documentações referentes às normativas e legislações ambientais, na obra.
“É meu primeiro emprego fixo, que estou exercendo, de fato, na área em que me preparei. Antes, eu prestava consultoria. É uma realização poder colocar em prática meus conhecimentos. É um retorno que dou para a população, principalmente porque venho de uma universidade pública. É muito mais satisfatório poder trabalhar na minha cidade e contribuir com um projeto que visa qualidade de vida aos parintinenses”, afirma Tattiany.

Trabalho a todo vapor

Os trabalhos nos canteiros de obras do Prosai iniciaram há duas semanas, com a perfuração do primeiro poço, no Centro de Reservação e Distribuição (CRD), na rua Domingos Prestes, próximo ao Bumbódromo. As obras abrangem a construção de quatro CRDs, a recuperação de sete poços e perfuração de mais dez poços profundos, uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), quatro estações elevatórias, além de 34 quilômetros de rede de coleta e 2.423 ligações domiciliares. Os poços possuem licença para perfuração, concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

As obras de saneamento básico do Prosai Parintins têm investimentos de R$ 119 milhões do Governo do Amazonas. Vão resolver o problema dos poços contaminados por metais pesados, levando água de qualidade para toda a cidade. A cobertura de esgoto vai sair do zero para abranger toda a área de intervenção das obras, cerca de 25% da população.

O Prosai Parintins é um programa estadual com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento total é de U$ 87,5 milhões, sendo US$ 70 milhões financiados pelo BID, a serem pagos pelo Governo do Amazonas, e mais U$ 17,5 milhões de contrapartida estadual. O objetivo das intervenções é solucionar problemas ambientais, urbanísticos e sociais no município.

O programa vai promover a requalificação urbanística no entorno da Lagoa da Francesa, abrangendo seis bairros. Além das obras de saneamento básico, serão reassentadas 832 famílias, cerca 4,1 mil pessoas que vivem em áreas de risco de alagamento, em 504 unidades habitacionais ou outras soluções de moradia de acordo com o perfil dos beneficiários.

Serão construídos um novo mercado, parques urbanos, praças, ciclovias, playgrounds, quadras poliesportivas, quiosques, um Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) e o Centro de Qualificação da Mulher Parintinense.

FOTO: Tiago Corrêa/UGPE e Neudson Corrêa

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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