Com propósitos científicos, educacionais e econômicos, a meliponicultura é efetivada como política pública pela Secretaria Municipal de Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Sempa). Primeiramente, a Prefeitura de Parintins fez o diagnóstico dos produtores de mel de abelha sem ferrão para a regularização ambiental e sanitária. Diante do levantamento feito via busca ativa nas comunidades rurais, a Sempa organiza o 1º Dia de Campo e o lançamento do Programa Municipal de Meliponicultura para o dia 30 de agosto.
O evento será realizado no meliponário do produtor Diácono João, na Rua Santo Antônio, bairro Pascoal Allágio, próximo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com palestras a serem ministradas por renomados especialistas da área no Amazonas. A capacitação técnica terá oficinas com o zootecnista da Sempa, Alexandre Góes; ecólogo Diego Ken Osoegawa; agroecólogo Sydney Fogassa e o professor do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Campus Zona Leste de Manaus, Rinaldo Sena Fernandes.
Impulsionada pelo extinto Programa de Manejo de Recursos Naturais da Várzea, o ProVárzea, na década de 2000, a atividade ficou estagnada em Parintins até a criação do Programa Municipal de Meliponicultura pela Sempa em 2024. A meliponicultura é ecologicamente e economicamente viável tanto na zona rural como uma forte aliada da agricultura familiar, quanto em área urbana, devido ao baixo custo de investimento, assim como o alto valor agregado dos produtos: mel, pólen, própolis e serviços ambientais.
O Dia de Campo é resultado de um conjunto de trabalho da Sempa em 2024, desde a identificação dos produtores de mel de abelha sem ferrão, quantos colônias possuem, as espécies criadas e saber o grau de instrução de cada um a respeito da atividade. “Esse evento é o start da nossa meliponicultura, com os principais temas sobre o manejo e a qualidade do mel. Organizamos todos os produtores para chegarem aos órgãos regulamentadores da atividade e assim iniciarem da forma correta”, explica o zootecnista Alexandre Góes.
A meta da Prefeitura de Parintins é legalizar todos os produtores de mel de abelha sem ferrão, de acordo com a legislação federal e estadual. Uma das iniciativas em andamento é a legislação municipal. “É um avanço ao setor. Trazemos pra mais próximo do meliponicultor a legislação e o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Isso vai facilitar que a gente resolva o problema da qualidade do mel. Estamos nesse processo com os criadores de abelha sem ferrão para a expansão da atividade”, enfatiza o zootecnista da Sempa.
Fotos: Gerlean Brasil
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