O presidente do Instituto Cultural Ajuri (INCA), Marcos Moura, recebeu nesta segunda-feira (24/06), em Brasília, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade - 36ª Edição. O reconhecimento foi concedido pelo projeto Escola Afro-Amazônico, uma iniciativa de educação étnico-racial, decolonial e popular, focada na promoção das histórias e culturas africana, afro-brasileira e indígena em escolas e comunidades tradicionais e urbanas, com o objetivo de valorizar o patrimônio cultural brasileiro.
O evento contou com a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Leandro Antônio Grass Peixoto, e de outras autoridades nacionais.
O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura, sendo a maior premiação destinada a iniciativas de valorização e preservação do Patrimônio Cultural no Brasil. Desde 1987, a premiação celebra ações significativas nessa área. Este ano, o tema foi “20 anos da Lei nº 10.639/2003: Educação, Democracia e Igualdade Racial”, em homenagem à lei que tornou obrigatória a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo do ensino básico.
O projeto Escola Afro-Amazônico do Instituto Ajuri foi idealizado pelo presidente do INCA, Marcos Moura, e visa promover as histórias e culturas africana, afro-brasileira e indígena em escolas e comunidades tradicionais e urbanas, valorizando o patrimônio cultural brasileiro. As atividades do INCA incluem pesquisa de campo em aldeias e quilombos, elaboração de materiais didáticos, formações iniciais e continuadas para educadores, encontros de formação com estudantes, oficinas de danças populares afro-amazônicas, caminhadas antirracistas pela liberdade religiosa, além de encontros de educandos antirracistas e a Mostra Cultural “Grito da Periferia”.
Para o presidente Marcos Moura, é extremamente gratificante poder receber o reconhecimento pelo trabalho do Instituto Cultural Ajuri através de uma importante premiação nacional.
“O projeto Escola Afro-Amazônico é o principal projeto do Instituto Ajuri, fundamental no combate ao racismo e na promoção das histórias e culturas africana, afro-brasileira e indígena. Agora, o projeto está registrado em uma publicação e em um livro lançado no evento, que reuniu as 15 propostas mais exitosas do concurso. Essas iniciativas agora servem de modelo e inspiração para outros projetos em todo o Brasil. Nós ocupamos a vitrine, um espaço de divulgação importante das nossas iniciativas. Nossos métodos estão aí para serem acessados e que possamos, em particular, dar visibilidade a uma Amazônia", destacou Marcos Moura.
O Instituto Cultural Ajuri é uma associação de direito privado, sem fins econômicos, de caráter organizacional, cultural, educacional, assistencial e promocional, com a finalidade de promover o desenvolvimento sustentável, humano, social e cultural de seus associados e assistidos.
Em 2023, o Prêmio recebeu um total de 374 inscrições, das quais 286 propostas foram habilitadas para a etapa estadual. Após reuniões das 27 Comissões Estaduais, 121 ações foram classificadas para a etapa nacional, cuja Comissão Técnica indicou, dentre essas, as 30 finalistas. Na última fase de avaliação do concurso, a de Análise de Mérito, foram selecionadas 15 ações vencedoras.
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