Saullo Vianna articula para Amazonas ter plano de ação antecipado a fim de evitar prejuízos da seca severa neste ano


O deputado federal Saullo Vianna (União-AM) participou, nesta terça-feira, da apresentação de um detalhado plano de ação cujo objetivo é subsidiar o DNIT- Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, nos trabalhos de mitigação dos efeitos severos da seca, esperados para 2024.    

“Temos de nos antecipar às medidas de enfrentamento à seca, uma vez que no passado, a forte estiagem impactou 59 municípios e cerca de 630 mil pessoas. Além dos prejuízos financeiros aos municípios, os moradores das comunidades mais distantes enfrentaram problemas no abastecimento de água, alimentos, insumos de saúde e combustíveis”, afirmou Vianna. 

Projeções apresentadas por técnicos do DNIT, Marinha do Brasil, ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários e da Associação de Praticagem do Amazonas, revelam que, somente no Tabocal, na região do Madeira, será necessário retirar cerca de 40 mil metros cúbicos de sedimentos do leito do rio, o equivalente a 8 mil caçambas. 

Além dos trabalhos de dragagem dos leitos dos rios para evitar que as embarcações encalhem ou fiquem bloqueadas sem poder levar mercadorias e insumos aos municípios, outras medidas também estão sendo estudadas para facilitar o escoamento da produção.     

De acordo com o Diretor de Infraestrutura Aquária do DNIT, Erick Moura, o foco da discussão foi a implementação de medidas preventivas de dragagem dos rios do Amazonas. “Já estamos com o processo licitatório praticamente pronto, com a publicação do edital previsto para os próximos dias, para que os trabalhos já iniciem em agosto ou setembro”, diz Moura. 
 
 A ideia é que o DNIT já conte com uma empresa contratada por um prazo de cinco anos para dragagem fixa no Amazonas. Hoje, segundo os técnicos, os pontos críticos estão com uma média de 18 e 19 metros, cerca de 2 metros abaixo do ano passado, quando ocorreu a seca histórica. 
 
Prejuízo de 1 bilhão - A seca de 2023 causou queda na receita de arrecadação de ICMS de mais de 1 bilhão, sem contar o prejuízo de 1,5 bilhão estimado na Zona Franca de Manaus, segundo Centro das Indústrias do Amazonas. 

Mais de 70 mil contêineres deixaram de chegar com insumos e, se não houver um esforço de antecipação das medidas de mitigação da seca dos rios amazônicos, a estimativa é que neste ano 90 mil contêineres deixem de atracar nos portos do Amazonas.

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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