Proprietários de terrenos com registros de queimadas na Gleba Vila Amazônia estão sendo identificados por uso de coordenadas geográficas e receberão penalidades como auto de infração e multas por prática de crime ambiental.
Uma equipe formada por fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente- Sedema, Instituto de Proteção Ambiental- IPAAM e Corpo de Bombeiros constatou na última semana extensas áreas de queimadas nas regiões do Zé Açu e Maranhão, com registros nas comunidades do Brasil Roça, Estrada do Bom Socorro, Boa Esperança e Santa Fé.
Embora a fumaça que está atingindo Parintins e todo o Baixo Amazonas seja (predominante) consequência de grandes áreas desmatadas de municípios do Pará, mostradas nas imagens de satélites, as queimadas que ocorrem na zona rural de Parintins também contribuem para o aumento da mesma.
Os fiscais da Sedema fizeram vários registros de ocorrências em toda a extensão da estrada. Além da destruição da floresta, derrubada de árvores e morte de animais, há também os prejuízos econômicos com a perda da produção em propriedades atingidas por queimadas que saíram do controle.
A secretária da Sedema, Socorrinha Carvalho, esclareceu que uma combinação de fatores agrava a crise climática da região, mas o município tem buscado parcerias com os órgãos ambientais estaduais para combater queimadas e trabalhar a conscientização dos moradores das comunidades. Várias equipes já foram deslocadas em fiscalização para diversas comunidades afetadas.
A coordenadora do IPAAM, Fabiana Campelo, que esteve com a equipe, explicou que os incêndios de maiores proporções ocorrem em função da prática comum de queimadas para a agricultura e pecuária. “Temos uma série de fatores como o período de estiagem e sem chuva, o El Niño que afeta as temperaturas com aquecimento do Oceano Atlântico, causando secas severas. Então é preciso se cercar de todos os cuidados para evitar propagação das queimadas”, explicou. Ela informou que todos as propriedades com registros de queimadas estão sendo identificadas.
A fumaça que persiste na região também está impedindo a formação de nuvens e, por consequência o atraso da estação chuvosa que vem sendo impactada pelos fenômenos climáticos.
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