Violência política de gênero, transfobia e ativismo são alguns dos temas abordados na entrevista da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) ao programa Dando a Real com Leandro Demori, ou DR com Demori, que vai ao ar nesta terça-feira (3), às 22h, na TV Brasil. Na conversa, a primeira deputada federal negra e transexual eleita no Brasil falou sobre a violência e o preconceito sofridos no Parlamento nos primeiros meses de mandato.
“O anonimato da rua me protegia e no Congresso Nacional as ameaças, os ataques são direcionados à minha pessoa. Eu, enquanto deputada eleita, com a visibilidade que tenho, hoje talvez corra mais risco do que quando era uma adolescente perdida em uma esquina de prostituição”, disse a parlamentar.
Erika contou que na infância não sofreu hostilidade e não teve o seu gênero reprimido, mas, por causa do fundamentalismo religioso, sua mãe passou a rejeitá-la na adolescência, o que a fez sair de casa aos 14 anos, acabando na prostituição. “É importante lembrar que 90% das mulheres transexuais e travestis vivem compulsoriamente da prostituição porque são expulsas de casa e não encontram espaço no mercado de trabalho”.
A deputada Érika Hilton (PSOL-SP) é a convidada do programa DR com Demori, da EBC. Foto Joédson Alves/Agência Brasil |
Ela também falou sobre a luta de classe, de gênero e de raça e defendeu a nomeação de uma ministra negra para o Supremo Tribunal Federal. “Será uma glória e uma vitória sem precedentes, um recado ao Brasil”.
O DR com Demori vai ao ar às terças-feiras, às 22h, na TV Brasil. O programa também será veiculado na Rádio Nacional e na Rádio MEC, também às terças-feiras, às 23h.
A programação da TV Brasil pode ser acompanhada pelo canal aberto, por TV por assinatura e por parabólica.
Os programas da emissora também estão disponíveis no aplicativo TV Brasil Pla, pelo site
tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV.
Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília
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Violência política