Em Parintins, crianças vivem manhã em diálogo com a Mãe Terra

Manhã diferente para crianças, adolescentes, jovens e adultos marca protagonismo das crianças nos cuidados com a Mãe Terra

Por Floriano Lins

A fumaceira que predomina o ar da Ilha de Parintins (369 Km de Manaus), não sufocou os apelos de um grupo de crianças, acompanhadas por adolescentes, jovens e adultos reunidas na manhã desta quinta-feira, 12 de outubro, para uma celebração diferente do Dia da Criança. Um “Bate-Papo com a Mãe Terra” embalou os sonhos das pouco mais de vinte presenças na agrofloresta urbana do “Cóio das Utopias”, localizado no Bairro Tonzinho Saunier, periferia da Terra do Folclore.

Crianças vivem Rotas de diálogos com a Mãe Terra. Foto: Emily Souza

O encontro foi promovido pela Teia de Educação Socioambiental e Interação em Agrofloresta, através do Projeto VIDA – Viveiro Infanto-Juvenil de Diálogos em Agroecologia, e teve a parceria do Coletivo Mulheres de Fibra  da Amazônia e do núcleo da Marcha Mundial das Mulheres. O objetivo foi sensibilizar as crianças sobre a responsabilidade para com a sobrevivência da “Mãe Terra, Casa de todas as Vidas”.

Adultos presentes no encontro foram certificados como Protagonistas de Cuidados com a Mãe Terra. Foto: Floriano Lins

A partir de músicas, imagens e troca de informações da atual realidade da Mãe Terra, os participantes dialogaram a sensibilização das crianças ao Protagonismo dos cuidados com a Mãe Terra. Além das crianças, todas as presenças assumiram compromissos de defesa e proteção da Casa Comum.

A Música “Cuida da Terra”, de Nilton Duarte, embalou as reflexões que antecederam as caminhadas na Agrofloresta do Cóio das Utopias. Orientados sobre tempo e cuidados, cada participante seguiu uma picada/rota para um bate-papo com os seres do Cóio que lhes chamaram a atenção: folhas, sementes, árvores, terra, água, frutas, cascas e/ou galhos secos, penas de passarinhos, flores... Houve o compartilhamento das experiências através de fragmentos coletados e falas. 

O encontro também abriu espaço para o diálogo sobre os engenheiros do solo: insetos que compõe a biodiversidade, sempre ignorados e até perseguidos por conta da falta de informações sobre suas importâncias na preservação da Vida. “A vida deles é igual a nossa!”, refletiram as presenças.

A saudação à Mãe Terra, “Oh, Mãe Terra! Nossa imensa gratidão! Mesmo ferida e machucada, continuas florindo e dando bons frutos”, antecedeu a entrega de certificados aos “Protagonistas de Cuidados com a Mãe Terra” entregues às crianças, pelos adultos, e aos adultos, pelas crianças.

Após o bate papo aconteceu a Broca solidária com alimentos naturais, seguida de banho com ervas medicinais para refrescar o final da manhã do Dia dedicado às Crianças.

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