CAMETÁ NO PARÁ: CIDADE DE CUPIJÓ E DE UMA TRADIÇÃO CULTURAL DO ESTADO

 


No “Cultura de Verão”, vamos viajar para o município de Cametá, nordeste paraense, uma cidade rica em cultura e cheia de originalidade. Quem conhece o município sabe que pode desfrutar de passeios por prédios históricos, no estilo colonial, até espaços com expressões musicais e entre outras linguagens artísticas.

Cametá fica numa distância de aproximadamente 150 km em linha reta da capital paraense. Chega-se ao município, por meio dos rios e pela estrada. Existem linhas de ônibus que fazem esse trajeto diariamente, em aproximadamente quatro horas de viagem, alternadas entre barco e ônibus. Já para quem preferir ir de carro particular, tem que pegar uma balsa durante o percurso, pois a cidade fica do outro lado do rio.

O município guarda histórias da população brasileira e é fonte da cultura singular dos habitantes locais, um povo que preserva as origens e valoriza suas manifestações. A mais antiga banda de música do Pará é de Cametá, a “Euterpe Cametaense”.

A banda começou por negros em condições de escravos que tinham mais de 60 anos, eles eram amparados pela lei do ventre livre ou sexagenária, que colocavam em liberdade os negros com mais de 60 anos. É a única banda brasileira que tocou na abolição da escravatura, em 1888, no município de Cametá.

O mestre Cupijó ficou à frente da banda durante 40 anos. Depois de várias formações ela se tornou conhecida como um trabalho de divulgação no Brasil todo. Mas foi nos quilombos que tudo surgiu.

Cupijó faz parte de uma geração de músicos que ousou transformar os ritmos populares do interior do estado paraense em radiofônicos, sucesso com a inserção de elementos inovadores, como fizeram os músicos Mestre Vieira, Pinduca e Mestre Verequete. Cupijó modernizou o ritmo folclórico para o Siriá e, tornou-se conhecido a nível nacional.

O samba de cacete é pura cultura cametaense é uma das expressões mais fortes do município. E mestre Cupijó deixou registrado que foi do samba de cacete que originou o siriá.

Outra banda que faz história no estado é a banda “Caferana Top” uma banda centenária e muito popular na região do Baixo Tocantins, tendo surgido em janeiro de 1914, na região de Pacuí, no interior de Cametá,

De 1945 a 1960 a banda se destacou por fazer um som eclético, de qualidade e que se constituiu num diferencial na época. Com o passar dos anos, foram surgindo diversas bandas oriundas e conectadas à Caferana, como as bandas Caferana Melodia, Caferana Harmonia e agora a banda Caferana Top, com sua nomenclatura que antes se chamava Caferana Pop.

Quem vai ao município, além de consumir todas essas riquezas culturais também tem a chance de desfrutar das belezas naturais da cidade e uma das dicas é a Praia da Aldeia, inserida na malha urbana, com aproximadamente 2km de distância do centro da cidade.

Além da praia de areia banhada pelo rio Tocantins, nos arredores encontram-se áreas calçadas de passeio público, com quiosques de serviços de restaurantes e bares, espaços de eventos, com ênfase para as praças e a referência de um monumento religioso histórico: A Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Programação

Durante todo o mês de julho o município está vivendo o Festival do Povão de Cametá e conta com atrações nacionais, regionais e locais. Neste domingo (17), a banda É o Tchan desembarca na cidade.

No dia 23 é a vez da cantora Aline Rosa.

No dia 24 de julho é por conta da Banda Saia Rodada.

E dia 31, encerramento do verão é o show de Kiko Chicabana.

Como Chegar

Rodoviário:

A distância entre as duas cidades é 159 km, estimado 3 horas 43 minutos.Uma das vias de acesso é a PA-151.

Rodo-fluvial:

Já para quem preferir ir de carro particular, tem que pegar uma balsa durante o percurso, pois a cidade fica do outro lado do rio.

Diário de Cametá, por O Liberal | Saiba mais aqui: https://www.facebook.com/search/top?q=portal%20di%C3%A1rio%20de%20camet%C3%A1

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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