O Comitê
Multi-Institucional de Enfrentamento à Violência Obstétrica, coordenado pela
Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), realizou nesta terça-feira
(12) a segunda reunião do ano para definir as metas para os próximos meses. Uma
delas é a possibilidade de expansão do Comitê para os municípios polos, afim de
levar informação e uma assistência mais humanizada para as unidades de saúde. A
redução dos índices de óbitos maternos e fetais e o alinhamento entre as
instituições também estão entre os objetivos principais.
A reunião aconteceu no
auditório da Defensoria, no bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul de Manaus, e
contou a participação da representes da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), além de gestores das
maternidades da capital e da organização não governamental (ONG) Humaniza.
Durante a conversa, os participantes relataram como cada instituição está desenvolvendo ações para ampliar a capacitação dos profissionais de saúde envolvidos na assistência ao parto, assim como a realização de uma capacitação sobre violência obstétrica no município de Tefé, prevista para junho.
O representante da SES,
Edilson Albuquerque, também explicou que a secretaria está organizando um
encontro com o tema “Parto sem violência” para orientar os profissionais.
“A reunião visa discutir
pontos e temas relevantes para o combate dessa violência, que é mais comum do
que muita gente imagina, e propor melhorias na assistência de cada
instituição”, explicou a coordenadora do Comitê, a defensora pública Caroline
Souza.
Segundo ela, durante o
mês de março, todas as maternidades da capital foram visitadas pelo comitê.
Reuniões com as secretarias de saúde do Estado (SES) e do município (SEMSA)
também foram realizadas para buscar o alinhamento entre elas, levando apoio
técnico. “A nossa luta é para melhorar essa assistência no Estado. Durante a
pandemia nós tivemos resultados catastróficos sobre mortalidade materna e
fetal, que já eram altas, muitas vezes provocadas por causa de um atendimento
inadequado. Então, nós trabalhamos não só para levar a educação, mas
também alinhar objetivos entre os envolvidos, que é a redução dos óbitos. E
isso a gente vai conseguir com a assistência humanizada”, destacou ela.
Ainda de acordo com a
defensora, uma das metas do Comitê Multi-Institucional é expandir as discussões
para o interior, a começar pelos municípios polos. “Vamos visitar os municípios
para levar a informação e entender como o atendimento está sendo feito, para
que essa mulher que vem do interior (que não tem UTI), que muitas vezes não
teve pré-natal adequado, saia daqui com vida e com o seu bebê saudável”,
pontuou Souza. O comitê fará uma nova reunião no mês de junho.