DPE atua para garantir que populações atingidas tenham acesso a água potável, pontes, madeira, dentre outros direitos |
O Grupo de Trabalho Enchentes 2022 (GT Enchentes) da
Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) iniciou uma série de visitas
aos municípios que já são ou serão impactados pela cheia dos rios este ano. O
objetivo é acompanhar as ações desenvolvidas pelas prefeituras, bem como propor
alternativas para auxiliar as famílias afetadas.
Na última sexta-feira, em parceria com a Defesa Civil
Municipal, a DPE-AM visitou duas comunidades em Iranduba (AM). A defensora
pública Raquel El-Bachá, que atua no GT, acompanhou a visita e destacou que,
nesse primeiro momento, o papel da Defensoria é averiguar como estão as metas
da prefeitura de Iranduba para o enfrentamento da enchente, e propor a
implantação de um sistema de alerta das cheias. “Esse monitoramento está sendo
feito em todo o estado, principalmente nas cidades que já estão sendo
atingidas. Esse sistema ainda está em fase de criação, mas vamos acompanhar o
mapeamento das áreas para ter noção da gravidade”, explicou ela.
Ainda de acordo com a defensora, foi recomendado ao
município realizar o cadastramento das famílias atingidas para facilitar, por
exemplo, a distribuição de cestas básicas, água potável, distribuição de
madeiras para construção de marombas e até inclusão no aluguel social. Além da
visita técnica, também foi realizada uma reunião com representantes das secretarias
municipais de Assistência Social, Saúde, Defesa Civil e líderes comunitários.
“A avaliação foi positiva. Ouvimos tanto a comunidade, quanto os demais órgãos
envolvidos para ter uma noção do que a Prefeitura está fazendo e o que ela
ainda pode fazer para atender a população”, afirmou.
O coordenador da Defesa Civil em Iranduba, Wanderson Silva, disse que as providências já estão sendo tomadas. “Nós já estamos trabalhando e a previsão é de construir de 10km a 12km de pontes. Também estamos fazendo o cadastro das famílias, assim como buscando apoio do Governo para o auxílio enchente”, destacou.
O subcoordenador do GT Enchentes, defensor público Rodolfo
Lôbo, informou que as visitas técnicas vão acontecer em outras cidades do
interior do Estado. “Fomos em Careiro da Várzea, Lábrea e Eirunepé e agora
vamos voltar em cidades como Anamã, Boca do Acre e Careiro Castanho. Essa é a
nossa intenção: perceber aquelas cidades mais vulneráveis, mais atingidas e
voltar para atender essa população. Hoje, já tem partes alagadas no Cacau
Pirêra. Tem pessoas precisando de pontes, marombas, alimentação e transporte. E
nós identificamos essas necessidades, já em abril. É bom ressaltar que as águas
ainda estão subindo e essa população que hoje vem sendo atingida será muito
maior”, disse.
“Zap da cheia”
Na semana passada, a Defensoria Pública do Estado lançou o
“Zap da cheia”. Pelo telefone (92) 98431-7941, a população pode enviar vídeos
de até um minuto, mostrando o problema e informando o local onde está,
indicando o endereço completo. O serviço está disponível de segunda a
sexta-feira, das 8h às 14h, e as informações vão colaborar no atendimento da
demanda.
Texto: Kelly Melo - Fotos e imagens: Evandro Seixas
Link para imagens em alta definição: https://bit.ly/3M0s0ikGTENCHENTE