A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulga, nesta quinta-feira (04/10), o boletim nº 05, do cenário epidemiológico de rabdomiólise no Estado, onde destaca que o Amazonas não registra casos suspeitos há 20 dias. Nesta edição, são 66 casos suspeitos da doença em 10 municípios. O documento pode ser acessado no site da FVS-RCP no link https: https://bit.ly/3CLNRpK.
Os últimos cinco casos suspeitos foram do município de Itacoatiara notificados em 16 de outubro. No documento, consta um número de 120 casos notificados, até quarta-feira (03/11). Destes, 66 foram considerados suspeitos e os outros 54 foram descartados pela equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da FVS-RCP (CIEVS/FVS-RCP).
Permanecem 10 municípios que registraram casos suspeitos da doença, liderado por: Itacoatiara (35), Parintins (12), Manaus (6), Urucurituba (4), Silves (3), Maués (2), Autazes (1), Caapiranga (1), Itapiranga (1) e Manacapuru (1).
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, salienta que a instituição segue investigando os casos da doença. “Dos 66 casos suspeitos, 31 foram registrados em agosto, 23 em setembro e 12 em outubro. As investigações dos casos continuam de forma integrada com as demais instituições envolvidas”, explica.
Investigação – As investigações dos casos suspeitos são realizadas pelo CIEVS/FVS-RCP, em parceria com equipes de Vigilância Epidemiológicas dos municípios, que colaboram na identificação e descarte de casos de rabdomiólise. Por se tratar de uma doença com diferentes causas, a investigação da rabdomiólise segue padrões criteriosos.
A FVS-RCP recebeu o resultado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) referente às amostras de soro e de urina de seis pacientes, hospitalizados em Itacoatiara, e uma amostra de peixe consumida por um destes pacientes. Durante a análise do (IFSC) das amostras do peixe não foi detectada nenhuma toxina. Nas amostras de urina e soro foram detectadas as toxinas: Palytoxina e Ovatoxina. Os resultados do exame de urina não são individuais, pois devido ao baixo volume das amostras as mesmas foram analisadas como pool de amostras. Assim, esses resultados ainda são iniciais, necessitando outras amostras para melhor interpretação dos resultados.
Força-tarefa – O grupo de trabalho de investigação é composto pela FVS-RCP; Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM); Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD); Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf); Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Universidade Estadual do Amazonas (UEA); Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz-Amazônia); Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa); e Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas (SFA/AM), do Ministério da Agricultura e Ministério da Saúde.
Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, que inclui o monitoramento de doenças e a notificação ao Ministério da Saúde, pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS).
A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Contato telefônico da FVS-RCP (92) 2129-2500 e 2129-2502.
FOTO: Divulgação/FVS-RCP