ARTIGO: A FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E A POLÍTICA AMADORA: AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA DE PARINTINS

Por Isaías dos Santos*

Entre os municípios do Estado do Amazonas, Parintins foi um dos mais castigados pela pandemia. A crise global não somente afetou a saúde pública e o sistema sanitário da cidade, mas a todos os segmentos. 

Depois de passar por dois picos, alertavamos para que o retorno as atividades graduais fosse feito com segurança e responsabilidade. É bem verdade que o número de casos e mortes caíram gradativamente, mas os dados são enganosos.

A gestão atual da cidade brinca com vidas. Logicamente, a culpabilidade de possível terceira onda (não descartada por epidemiologistas) também recai na deseducação popular com o abandono de máscaras, álcool e distanciamento social. Entretanto, o principal causador do amadorismo é o comitê gestor por 'afrouxar' as restrições sanitárias. Não há responsabilidade e segurança. O lema da gestão, "cuidar bem das pessoas", só existe nas placas e nas falas. A realidade é distinta e assombrosa.

Na última semana veio aqui à tona o registro de 13 casos da variante Delta. Dados oriundos da própria secretaria de saúde municipal. Esses registros aparecem em um momento preocupante em que eventos com grande capacidade de pessoas estão acontecendo. Protocolos sanitários não são seguidos e o grande número de aglomeração preocupa.

Lamentavelmente é uma postura de gestão que se nota desde o início da pandemia mais cruel dos últimos cem anos. Parintins sofreu drasticamente. Vidas foram ceifadas em grande escala. O sistema sanitário e de saúde está fragilizado. Um cenário preocupante. 

Vidas não são negociadas. Vidas não podem ser comercializadas. O melhor protocolo é aquele que salva vidas e não o que as expõem à deriva.

*Professor Mestre; Pesquisador do Nepam/CNPq



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